Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Gaia, está na Ucrânia, onde participa no fórum internacional "Summit of Cities and Regions Partnership for Victory", a fim de tratar de projetos de cooperação e iniciativas humanitárias. "É uma enorme experiência, com a ida a alguns dos locais mais flagelados pela invasão russa, onde se evidenciam os principais dramas das pessoas", comentou, na visita.
"Fui convidado a participar, na cidade de Kyiv, na Ucrânia, no' Internacional Summit of Cities and Regions Partnership for Victory', realizado sob a égide do Conselho Europeu e da embaixada da Ucrânia, que junta líderes dos governos locais da Europa, com o propósito de reforçar os compromissos com a paz nas cidades e nas regiões ucranianas afetadas pela invasão", explicou.
O evento tem o patrocínio do gabinete do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o apoio organizacional do Congresso de Autoridades Locais e Regionais e do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia.
Além da sessão plenária, na quinta-feira, dia 20, as delegações estão de visita, esta quarta-feira, às áreas que mais sofreram com a agressão militar em grande escala. Os participantes no Summit podem testemunhar pessoalmente as consequências das atrocidades da guerra. Durante a visita são apresentados projetos de recuperação e iniciativas humanitárias para apoiar as pessoas afetadas.
"É, ao mesmo tempo, uma experiência extrema de partilha dos compromissos com a paz e com a democracia. Para se afirmar, a paz precisa, às vezes, das armas de defesa contra a agressão imperialista. Não o fazer significa o verdadeiro abandono de pessoas e de países à sua sorte e às consequências da guerra infligida por uma potência invasora", referiu.
"A paz não se conquista abandonando os ucranianos às atrocidades russas e às forças invasoras. Isso não é paz, é aniquilamento, é capitulação. E, no dia em que deixarmos cada um à sua sorte, abdicamos do princípio da solidariedade e da defesa dos valores, em detrimento do comodismo de quem defende que não é nada connosco. Até porque, em bom rigor, é mesmo connosco", concluiu.No âmbito do Summit foi reiterado que a Ucrânia está determinada a aprofundar os contactos com as "comunidades parceiras, encorajando empresas, representantes de organizações internacionais e filantropos a juntarem-se e a reforçarem a cooperação, implementando projetos inovadores e criando histórias de sucesso em diversas áreas do desenvolvimento local".
"Vidas destruídas, cidades inteiras aniquiladas, pessoas destroçadas, crianças deportadas de forma desumana para centros russos, infraestruturas básicas demolidas e tantas outras atrocidades contra os mais elementares direitos dos seres humanos", comentou Eduardo Vítor Rodrigues, acerca do que tem presenciado em solo ucraniano.