Estarão acima do preço base todas as propostas apresentadas no concurso público internacional para a ponte rodoviária D. António Francisco dos Santos, entre Oliveira do Douro, em Gaia, e Campanhã, no Porto. De acordo com o vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, o relatório do júri ainda não foi aprovado, mas perante este cenário, o procedimento "não deverá prosseguir".
A questão foi levantada pela vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, em reunião de Câmara do Porto, a propósito do plano de urbanização de Campanhã, que quis saber se já havia alguma decisão tomada quanto à travessia rodoviária como à do TGV. Recorde-se que o Município do Porto já tinha referido a necessidade de resolver a "interferência geográfica" entre a ponte rodoviária D. António Francisco dos Santos e a futura travessia para receber a alta velocidade.O vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, diz que o relatório do júri ainda não foi aprovado, mas verifica-se que "todas as propostas estão acima do preço base". Ou seja, perante este cenário, acredita o autarca, "o futuro desse concurso será o de não prosseguir". Ao estarem todas as propostas acima do preço-base, deverão ser recusadas, ficando o concurso deserto e evitando, desta forma, o pagamento de indemnizações às empresas concorrentes.
Ainda assim, acrescenta Pedro Baganha, "há uma reflexão que o Município do Porto tem de fazer". Isto porque, nota, "será necessária uma nova travessia à cota baixa, rodoviária" e esse é um "problema que a cidade terá de resolver".
A Infraestruturas de Portugal (IP), aquando da apresentação do projeto de alta velocidade entre Porto e Lisboa, tinha já garantido a viabilidade de a travessia ferroviária absorver um tabuleiro rodoviário, respondendo a esta necessidade já definida pelos Municípios do Porto e de Gaia.