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Concelho de Vila Nova de Gaia

2023/05/03

Ponte Luís I vai continuar interdita a veículos ligeiros

Concelho

Para o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, é "muito positivo" o balanço a fazer acerca da interdição ao trânsito de veículos ligeiros no tabuleiro inferior da Ponte Luís I, sobre o rio Douro. A solução foi articulada entre Gaia e Porto e o autarca não antevê "alterações" para os próximos tempos.

À margem da reunião de Câmara de Gaia, justificou a medida tomada para a ponte, após as obras de reabilitação e a reabertura à circulação. "Foi uma decisão tomada numa perspetiva muito rápida, pois pensávamos que a obra não iria acabar sem a pintura integral. Quando nos informaram que passava a haver operação [reabertura ao trânsito], a nossa posição foi muito conservadora, já tínhamos como pressuposto a retirada do trânsito privado ligeiro", revelou.

"Feito o balanço do que tem acontecido, é superpositivo. Os carros gostariam de atravessar, eu compreendo, mas o princípio é valorizar o transporte público. Neste momento, temos os autocarros da STCP e da Espírito Santo a circular, antes tínhamos na Rua de General Torres uma mega fila de carros e autocarros", lembrou.

"A cidade tem de ser devolvida às pessoas e os carros têm que encontrar uma solução alternativa. Em ano e meio encontraram. Quem ganhou agora com as restrições? O transporte público, em velocidade e valorização", declarou, acerca da resolução que autoriza a passagem dos táxis, mas deixa de fora os TVDE.

"Admito que no fim das obras do metro, do lado do Porto, possa haver um repensar de tudo isto. A vida é dinâmica, a cidade é um orgão vivo. Vai acontecer o mesmo que aconteceu com a pedonalização da beira-rio, já não há discussão sobre isso. O pouco tempo mostrou que é correta a decisão [de restringir o trânsito no tabuleiro inferior] e não antevejo qualquer tipo de alteração. O balanço tem sido muito positivo, mas vamos indo e vamos vendo", concluiu.

Empresas de transportes rejeitam subcontratações

Em relação à nova rede de autocarros para a Área Metropolitana do Porto, no âmbito do concurso levado a cabo, Eduardo Vítor Rodrigues continua "confiante" que a operação começará no dia 2 de novembro. "Não há nenhuma razão para que não aconteça, estamos a trabalhar", comentou.

O autarca também deu conta que as empresas vencedoras do concurso contactaram as empresas que atualmente fazem o serviço para se associarem à nova rede, através de "subcontatações". Mas o convite não terá sido aceite. "Considero que era uma estratégia muito interessante, que permitia que os operadores atuais não perdessem todo o seu serviço. Ficavam sujeitos a um caderno de encargos mais rigoroso do que tinham até agora, mas não desapareciam do mapa", adiantou.

"Parecia-me uma boa solução. Soube disso, porque vários dos operadores deram conta à Área Metropolitana do Porto (AMP) que acionariam esse contacto com as empresas existentes. Eu disse que a AMP nada tinha a dizer. Mas não posso esconder que agora, fruto do desenvolvimento que entretanto houve, tem que ser dito que se deixam de operar na íntegra [transportadoras que perderam o concurso] é porque recusaram, por opção de gestão, operar em regime de subcontratação. Pela minha parte, se perdesse um concurso, e tivesse oportunidade de me associar ao vencedor e continuar a trabalhar, eu preferiria, mas isso é a minha opinião", afirmou.

O autarca acrescentou: "O que já estou farto é de ver os operadores a lançarem-se de forma completamente demagógica contra os presidentes de câmara, como se os presidentes tivessem como obrigação aldrabar os concursos só para eles continuarem com a operação, ainda por cima quando se sabe que a perceção das pessoas relativamente aos transportes é ainda pior do que relativamente aos políticos".

TGV, Cais do Cavaco e barco na Afurada

O presidente da Câmara de Gaia também falou da ponte para o TGV, igualmente sobre o Douro, que terá um tabuleiro superior para o comboio de alta velocidade e outro, inferior, para a rodovia. "Abriu o processo de consulta pública para a ponte do comboio de alta velocidade. Para o município, a solução só é aceitável com a estação em Santo Ovidio, que está contemplada. Vamos analisar as peças, temos 60 dias para nos pronunciarmos. Será uma revolução nos transportes em Gaia, com a Linha Amarela, a Rubi e o TGV. E o que ficar decidido agora vai ter implicação no lançamento do concurso público de conceção/construção da ponte do TGV. A obra tem que ficar pronta até finais de 2028, porque faz parte do PRR e do quadro comunitário", assinalou.

Igualmente em consulta pública está a possibilidade de instalar uma nova marina, no Cais do Cavaco, em Gaia, com a assinatura do arquiteto Álvaro Siza. "Estamos a analisar. Temos 30 dias para responder. Estamos a preparar uma resposta atempada à APDL. Tem que haver uma pronúncia técnica, se fosse só uma pronúncia política diria que faz sentido, até porque a Douro Marina está lotada. Os moradores têm legitimidade para contestar. É normal... Numa primeira fase por falta de informação. Compete ao município ouvir as pessoas, analisar o projeto e em tempo útil dar uma resposta", adiantou.

Em relação ao retomar das viagens fluviais entre a Afurada, em Gaia, e o Cais do Ouro, no Porto, tudo está em aberto, sem promessas. "Estamos a trabalhar. Tivemos uma licença precária no ano passado e admito dar parecer favorável este ano, no verão, no S. Pedro da Afurada e no festival Marés Vivas. O Porto está de acordo. É um assunto que está em cima da mesa", revelou.

Quanto a uma solução permanente, no rio, entre a Afurada e o Cais do Ouro, aludiu às dificuldades: "O nível de exigência dos concursos, por exemplo na parte ambiental, está a ser um inferno. É tal o caderno de exigências que não há quem lhe pegue. Onde acaba? Como alguns municípios do Norte têm feito, municipalizam o serviço. Nós não temos capacidade. Mais valia fazer um serviço menos exigente, mas viável. É essa a negociação que temos de fazer com o Ministério do Ambiente, a APDL e os municípios de Gaia e do Porto. Para mim é muito claro, o modelo que estava a funcionar [Afurada/Ouro] é suficiente".

Abandono da Municípia

Decidido está o abandono da Municípia. "Gaia aderiu há muitos anos. A Municípia é uma instituição que tem uma intervenção específica na área da Proteção Civil. Neste momento, o balanço que fazemos vai no sentido de cumprir as nossas obrigações relativamente a 2022 e em 2023 libertamos a nossa participação", avançou.

"É uma instituição que se situa em Oeiras, a distância também não ajuda. Considero que chegou o ponto de pôr cobro. É uma entidade intermunicipal, que se dedica a estudos no âmbito da Proteção Civil. Será para sair", reiterou.

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